Festas em Honra de São João Baptista no Jornal Cinco Quinas.

Festas em Honra de São João Baptista

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Realizaram-se do dia 22 ao 26 de Agosto, na Aldeia Velha, as Festas em Honra de S. João Baptista. Um programa diversificado com muita música à mistura, diversão para a pequenada e, como é claro, os toiros não puderam faltar.

Aldeia Velha, terra que detem os achados arqueológicos da origem do Sabugal, cujo topónimo Sabugal Velho (N. Sr.ª dos Prazeres), indicia à partida uma datação anterior à da cidade, situada a 22 quilómetros deste local. Terra raiana, de gentes puras, que não se esquece das seus entes emigrados, e que todos os anos os recebe com cinco dias de festa em Honra de São João Baptista. A animação, essa é certa, mas o mais importante é o convívio. A Comissão de Festas 2009 foi constituída por Isidro Sanches Nunes, Dinis Manuel Nunes, José Sanches e José Pedro, que apostaram forte, na diversão, na música e nas mais variadas actividades.

E, foi no sábado com a abertura oficial da Quermesse que se deu início aos festejos religiosos e pagãos. São João Batista é o “Santo Rei” nestes dias, assim como o público que sempre se manteve fiel. E nada melhor do que começar a festa com um piquenique que juntou os aldeões na praça para degustarem um saboroso porco no espeto. À noite foi a vez dos grupo musical “Catedráticos” animarem a malta para o espectáculo de flamenco “Fiesta y Olé”, protagonizado pela Escola Flamenca Alejandra Gutkin. E como se está em terras raianas, não podia faltar animação taurina logo na primeira noite. A praça que já estava repleta de gente, devido aos espectáculos, ainda mais cheia ficou para a “vaca de aguardente”, que foi toureada e foi o aperitivo para a capeia que se realizarou na terça-feira.

No domingo, durante a tarde a pequenada pôde divertir-se com os insufláveis, pinturas faciais e uma actividade de consistia em moldar balões, que fizeram as delícias dos petizes (estas actividades repetiram-se nos dias seguintes, com excepção no dia da capeia). Depois do sol se pôr, a música regressou ao recinto de festas com o grupo musical “Reciclagem”, que precedeu o cantor popular bem conhecido de todos os portugueses, o artista Luís Filipe Reis e a sua Banda. Depois foi a vez dos Dj’s locais darem música aos mais resistentes prolongando a festa até o nascer do sol.

Segunda-feira, expoente máximo das celebrações religiosas em Honra de São João Baptista, a alvorado foi anunciada bem cedo, com a Banda Filarmónica de Pinhel, que realizou uma arruada pelas ruas da aldeia, despertando aqueles que à poucas horas se tinham deitado. Ao meio-dia os paroquianos reuniram-se na igreja para assistirem à Missa Solene de São João Baptista, seguida de uma procissão, onde cerca de 11 andores saíram à rua, inclusive o do Santo honrado. Devidamente enfeitados e transportados pelos mordomos da festa e pelos habitantes, iniciaram a procissão, onde os mordomos da capeia seguiam na frente, velando o cortejo, seguidos depois pelos respectivos andores. É nesta altura que os romeiros fazem as suas preces e pedidos, enquanto executam as suas orações. Os andores regressaram à “casa de Deus”, no entanto, os mordomos da capeia continuaram o cortejo, acompanhados pelo rufar do tambor, desde a igreja até ao final da rua, e assim sucessivamente. E, porque a hora já ia avançada, os fiéis regressaram às suas casas, para o almoço de família, e sé tornariam ao recinto de festas à noite para assistirem à actuação do conjunto musical “Lua Cheia”, seguido de espectáculo multimédia e piromusical.

Dia 25 de Agosto, por estas bandas, é sinónimo de festa brava, e tal aconteceu. De manhãzinha os cavaleiros e populares deslocaram-se até aos lameirões para verem e trazerem o gado bravo, e num alegre convívio degustarem o “mata-bicho”. Com tudo pronto e a postos, a tradição cumpriu-se e os toiros foram encerrados na praça, num ritual denominado de Encerro. Praça cheia para se ver o “boi da prova”, e, o toiro abriu o apetite para a capeia desse mesmo dia. À tarde, a emoção e aficcion regressou à praça, que estava repleta de gente, para verem os seis magníficos toiros da Ganadaria do forcalhense, Zé Nói. Findada a capeia, era hora de os levar novamente para os lameiros, no tradicional Desencerro. Depois de uma tarde apoteótica, nada melhor do que festejar os sucesso da capeia no baile abrilhantado pelo grupo musical “Inop’s”, que durou noite dentro.

Na quarta-feira, e último dia de festa, os habitantes puderam desfrutar de uma tarde de jogos tradicionais, uma espécie de aquecimento para a noitada que se avizinhava. E foi ao som dos “Grammydance” que as festas em Honra de São João Batista terminaram, não sem antes de se realizar o sorteio das rifas e a entrega de prémios.

Cinco dias de festa, cinco dias de convívio e muita animação por terras raianas.

Os mordomos agradecem a todos aqueles que participaram e colaboraram de qualquer forma na realização de mais uma Festa em Honra de S. João Baptista.

Por: LRC

in: Jornal Cinco Quinas ( carrega no nome do jornal para veres a notícia)